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Vênus de Milo

Unknown Artist

A Vênus de Milo(pt-BR) ou Vénus de Milo(pt-PT?) é uma estátua da Grécia Antiga pertencente ao acervo do Museu do Louvre, situado em Paris, França.

A história de sua descoberta em 1820 na ilha de Milo, então parte do Império Otomano, e a forma como perdeu os braços foram narradas pelas fontes primitivas em versões contraditórias que nunca puderam ser de todo esclarecidas, mas depois de sua aquisição pela França foi imediatamente exposta no Louvre, oficialmente como uma obra-prima da prestigiosa geração clássica e atribuída ao círculo de Praxíteles, tornando-se uma celebridade instantânea e um motivo de orgulho nacionalista. Mas logo se criou uma polêmica, pois segundo alguns eruditos havia evidências para se acreditar que de fato fora produzida no período helenístico, na época desprezado como uma fase decadente na tradição artística grega, e esta possibilidade não interessava politicamente ao governo francês. O debate se estendeu por muito tempo, mas mesmo assim seu valor estético não foi posto em séria dúvida, sendo elogiada em altos termos por muitos artistas e intelectuais e mesmo pelo público leigo. Foi copiada muitas vezes e divulgada em gravuras e outros meios de larga circulação ao longo de todo o século XIX.

Como poucas obras da Antiguidade, a Vênus de Milo sobreviveu relativamente incólume à crítica romântica e modernista, vendo sua fama crescer continuamente. Tem sido objeto de muitos estudos especializados e adquiriu o status de ícone popular, reproduzida vezes incontáveis como estatueta, em estampas, filmes, literatura, souvenirs turísticos e outros itens para o consumo de massa. É hoje uma das estátuas antigas mais conhecidas do mundo. Sua autoria e datação permanecem controversas, mas formou-se um consenso de que seja realmente uma obra helenística que, no entanto, recupera elementos clássicos, atribuída a Alexandre de Antioquia. Apesar de modernamente ser descrita como uma representação de Vênus, deusa da beleza e do amor, tampouco essa identificação é absolutamente segura.

Descrição A obra, de 2,02 m de altura, é composta basicamente de dois grandes segmentos de mármore de Paros, com várias outras partes menores trabalhadas em separado e ligadas entre si por grampos de ferro, uma técnica comum entre os gregos antigos. A deusa usava joias de metal - braçadeira, brincos e tiara - presumidas pela existência de orifícios de fixação. Pode ter tido outros adereços, e sua superfície pode ter recebido pintura, que entretanto não deixou traços. A figura está ereta e permanece nua até o quadril, enquanto os membros inferiores se ocultam sob um manto ricamente pregueado que explora efeitos de luz e sombra. Tem sua perna esquerda elevada, levemente fletida e projetada à frente, enquanto o seu peso descansa sobre a perna direita, provocando uma leve curvatura no torso. Seus cabelos, longos e ondulados, são divididos ao meio e recolhidos por trás para formar um coque. Sua face, cuja suavidade de feições tem sido muito admirada, esboça um leve sorriso. Faltam-lhe ambos os braços e o pé esquerdo. Seu acabamento é desigual, sendo mais refinado na frente do que na parte traseira, uma prática comum quando as estátuas deveriam ser instaladas em nichos, como ela foi.

C. 100 BC
Marble
2.03m
LL299
Imagem e texto cortesia de Wikipedia, 2023

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Museu do Louvre
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Coleção Permanente

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